sábado, 28 de setembro de 2013

Cidadania: a minha palavra

Ilustre Dr. Macuva, Agrada-me perceber que começamos finalmente a colocar o nosso construtivo debate num patamar que nunca deveríamos ter saído: o projecto inicial e a sustentação factual que nos inspirou quando juntos fundamos a nossa ACA. Assim sendo e sensibilizado pelo gesto, apraz-me salientar no entanto, algumas diferenças marcadamente vincadas entre nós, em torno do que seria uma cidadania activa, sem descurar os limites do razoável e, porque não os marcos da lei. A nossa jovem democracia tem conhecido avanços significativos que podem ser aproveitados para introduzir um dinamismo aceitável no quadro da cidadania que se pretende activa, actuante e vibrante, mas nem por isso, pouco responsável, madura e dialogante. Na minha opinião pessoal, e vale o que vale, o extremar de posições, a linguagem duríssima que muitas vezes tem sido usada, é completamente contraproducente, quanto aos objectivos visados e aos reultados almejados. Não sou contra o direito constitucionalmente consagrado às manifestações pacíficas, até ao momento em que participam dela indivíduos cônscios dos seus direitos e deveres e que assumam uma postura condizente com os direitos que reclamam. Mas sou absolutamente contra aquelas em que indivíduos produzem berreiros inócuos, verbalizam e ofendem a imagem de outrém e violam direitos legitimamente consagrados em igualdade de circunstâncias ou mesmo acima ao direito de manifestação: refiro-me aos direitos de personalidade e ao respeito ao bom nome, incluso aqui o respeito pelos órgãos de soberania democraticamente estabelecidos. Respeitar o bom nome deste órgãos é em última instância, respeitar o voto da maioria(princípio caro em democracia). Entendo que, poderíamos discorrer e verter aqui e noutros espaços, muitos argumentos sobre a cidadania, mas prefiro ater-me no seguinte: quando inculcamos, ou consciencializámos os indivíduos sobre a sua postura em sociedade, quando valorizámos a força da lei, quando vinculamos todos os cidadãos na vida activa do país, não me refiro a coros uníssonos cantando e produzindo o mesmo som, refiro-me a vários tons e sons que convergem para uma mesma música: Angola , estamos a cultivar e a participar da cidadania activa. considero que temos muito a aprender com a democracia, mas temos todos que unir esforços para não produzirmos recuos que podem minar as conquistas democráticas já alcançadas, como temos visto acontecer com as primaveras árabes, de triste memória, onde vários cidadãos valioso perderam vidas, para alcançar uma mão cheia de nada, ou onde a manifestação passou a ser uma regra diária, a ponto de de se querer por semana trocar de líderes, até o democraticamente eleitos por eles. Não será este , caro Dr. um sinal perigoso para a estabilidade, paz e segurança dos povos? há 5 minutos · Gosto

Seu, a seu dono? (Associação Cidadania Activa)

Ilustres amigos e companheiros, A palavra, dizia alguém, é o instrumento mais importante na gestão da vida. Não poderia estar mais de acordo! Senão vejamos, há escassas horas publicávamos nós, nas redes sociais um comunicado, baseado na vontade inequívoca de exprimir uma verdade, realizar um direito, que foi sorrateiramente, ou diria propositadamente cerceado, a nove(9) dos dez (10) membros co-fundadores da Associação Cidadania Activa. Membros que no início pareciam imprescindíveis, no momento da sua criação, mas que quando o desejo de assumir um tal protagonismo incontido, foram relegados numa posição tal, que nem vez e voz alguém gostaria que tivessem. Diria mais, o pedido de desculpas que nunca pareceu ser, acabou por parir um ataque sectário contra aqueles a quem se devia, como mandam os princípios da boa educação e não só, dirigir um pedido de desculpas humilde, franco, aberto, por se ter violado os princípios da democracia interna previstos, no artigo 10 da lei das associações, nomeadamente: 1- o princípio da igualdade entre os sócios( não há aqui um patrono da associação); 2- o principio da elegibilidade e livre revogabilidade dos órgãos eleitos pela Assembleia geral( algo que não ocorreu ainda; por isso não temos presidente, o que não confere poderes bastantes para fazer uma convocação de manifestação); 3- o princípio da direcção colegial( é só compulsar quantos membros foram ouvidos na deliberação quanto à realização da famigerada manifestação); 4-prestação de contas pelos órgãos eleitos à Assembleia Geral( ao invés do pedido de desculpas, apenas ficamos pelo ataque, não obstante, a sua condição de não eleito como órgão representante da Associação). Na verdade a palavra que proferimos diz muito de nós, caros amigos, remeto- vos a lerem com alguma atenção, aquilo que foi entretanto dito, ou melhor escrito pela contraparte, para entenderem o seguinte: a) considera-se dono e senhor soberano da Associação; b) o primeiro ponto leva-me a pensar que os novos membros que se diz, terão sido mobilizados, nunca terão protagonismo, longe das ideias do grande mestre, do detentor do poder absoluto da associação; c) a democracia interna, não constitui um dever quando se tratar de assumir posições extremas ou quando houver aqueles acessos de patriotismo exacerbado por parte do suposto "líder ". E aqui julgo eu, podemos questionar: -Será esta a nata de novos democratas que o país precisa? -Será que a democracia deve ser vivida no exterior, quando todos os nossos esforços internos são orientados para tentar manietar àqueles que por si só, percebem os sinais dos tempos? -Será que o direito à manifestação nos deve levar a reunir efectivos militares e paramilitares, que por lei são impedidos a manifestarem-se? Os salários e direitos laborais são e devem ser motivo de luta das associações ou sindicatos corporativos; não de uma associação cívica que tem muito por onde lavrar... Senhores, Quando de alma aberta me associei aos outros 9 co-fundadores para dar vida , vez e voz aqueles que se batem por uma cidadania activa, aderi ao projecto, não a uma pessoa em concreto. Foi porque considerei que é no quadro dos direitos e deveres e enfatizo muito bem isso, que muito poderia ser feito para que Angola prosperasse. Mas era para consciencializar as pessoas sobre estas duas faces da mesma moeda, e que a decisão em última instância seria a de cada um. Não para marcar datas para que eles viessem diante de mim ou sob meu comando, vincar os seus pretensos direitos Os pensadores políticos dizem: " seja, mas também pareça" o contrário é igualmente válido, pareça mas também seja". Deixo isso para a vossa apreciação. Não vou perder tempo, com abordagens, ou mesmo acusações políticas, não é meu papel, tento apenas esclarecer, como de resto o afirmamos e até o infirmamos, no comunicado, que a associação que também ajudei a dar vida tem pessoas de várias sensibilidades políticas e cimentar os divisionismos políticos não é "couve que eu queira regar". Quanto à promessas de cargos, nada mais falacioso, nada mais aberrante; reconheço as capacidades do meu colega e amigo, mas penso que ele igualmente não ignora que cada um dos outros membros as tem, até porque foi este o primeiro critério de selecção dos membros co- fundadores e por isso não admira que cada um onde quer que esteja, por mérito próprio alcance patamares que o permitam realizar melhor o sonho do seu povo. Não lhes será oferecido de bandeja. Eu próprio, durante o meu percurso académico liderei movimentos associativos como presidente, coordenador e na faculdade onde todos estudamos, sob minha liderança, promovemos os mais alargados consensos e atingimos com isso resultados notáveis, que só o consenso pode permitir. Uma última nota: quebrar o silêncio, não significa, andar aos gritos pelos piores motivos. Os heróis não se fazem pelo simples desejo de o ser, para os ser é preciso ponderação, lucidez e sobriedade, não é estar na lua, quando todos caminham pela terra. Bem haja a todos.

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

ASSOCIAÇÃO CIDADANIA ACTIVA (Comunicado)

ASSOCIAÇÃO CIDADANIA ACTIVA COMUNICADO No dia 19 de Setembro do ano em curso, o Sr. José Macuva Vita Chipalanga membro da associação “ Cidadania Activa “, emitiu um comunicado em nome da referida Associação, na cidade do Lubango e nas redes sociais, apelando a realização de uma manifestação de apoio ao Movimento Revolucionário sem o conhecimento e consentimento dos restantes membros. Para repor a verdade e de forma a pautar por uma conduta condizente com o espírito e a letra dos estatutos da associação, o colectivo dos restantes (9) nove co-fundadores, vem por este meio esclarecer à opinião pública Huilana em particular, nacional e internacional em geral, o seguinte: 1. Que a aludida manifestação foi promovida, sem o mínimo de respeito pelo princípio da concertação prévia, ao arrepio e sem qualquer vinculação dos restantes membros co-fundadores da mesma; 2. Que as motivações objectivas e subjectivas da mesma são pura e simplesmente de iniciativa do seu assinante; 3. O colectivo dos (9) nove cofundadores da associação, considera que os os princípios, motivos e fins pelos quais a mesma foi criada foram gravemente lesados com a convocação da referida manifestação; 4. De referir, que a associação não pode ser transformada num instrumento cego de interesses inconfessos e/ou de querelas e jogos manifestamente partidários ou partidarizados, pois a nossa Associação, é congregadora de várias matrizes sociais, culturais, raciais, étnicas, e até políticas; 5. Que na sua génese a Associação Cidadania Activa, é e será sempre, um instrumento da própria causa, com uma atitude cívica compenetrada nos ideais da sã convivência, da luta pela paz, justiça e pela consolidação de uma democracia madura, responsável e capaz de medir e avaliar em cada momento, os prós e os contras, custos e benefícios, das acções a promover, fundadas nas legítimas aspirações do povo angolano; 6. A cidadania que almejamos e cultivamos, é um processo pelo qual, os frutos deverão ser colhidos não no momento em que lançamos as sementes, pois sabemos e acreditamos que a paz social se constrói com o nosso consciente contributo; 7. Afirmamos de viva voz que, á ninguém cabe por si só o direito de representar o coletivo sem consentimento dos demais; nem se arrogar como sendo paladino da democracia, se no interior da sua organização assumir uma atitude individualizadamente comprometedora dos consensos necessários ao seu normal funcionamento, se não se dispor ao escrutínio e desviar-se propositadamente do diálogo e do respeito pela diferença e pluralidade de opiniões. Lubango, aos 24 de Setembro de 2013 Os Membros Fundadores: João dos Anjos Chama Saldanha Fidélio Marcelino Sacato Valódia Daniel Nehepo Ricardo Rómulo Ramiro Generoso Ulundo Aldalazis Oldimar Pedro Fraústo João Simão Siculino Belarmino Duval Lourenço Tumbuleny Biriukov Cláudio Mateus